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A TRISTE REALIDADE Tirando os directamente envolvidos (russos e chechenos), ninguém sabe ao certo o que opõe uns a outros. Por junto, sabe-se apenas que um comando checheno tomou como reféns centenas de pessoas num teatro de Moscovo, há coisa de dois anos, e que a operação para os libertar terminou com mais de uma centena de mortos. E, agora, que um comando checheno fechou centenas de pessoas numa escola, entre elas inúmeras crianças, e que o plano para as libertar causou ainda mais mortos (três centenas e tal, até ver). Se houvesse uma conclusão a tirar, a conclusão só podia ser esta: a grande maioria das pessoas tomou conhecimento da causa chechena pelas piores razões, o que não ajuda quem pretende chamar a atenção e ganhar simpatia para a causa. Pior: se alguma razão assiste a esta gente — e certamente que alguma razão assistirá —, os últimos acontecimentos vieram retirar-lha. Como compreender que metade dos reféns fosse crianças? Como compreender os maus-tratos a que essas crianças foram sujeitas durante o cativeiro? De facto, não se percebe. Já o desfecho do caso parece mais claro: as autoridades russas não estão preparadas para lidar com casos destes. Por pura incompetência ou nula preocupação com a vida humana, o plano montado para libertar os reféns (se é que houve um plano) revelou-se um desastre. Como compreender a presença de populares no local, ainda por cima armados, que terão precipitado o assalto final e a consequente tragédia? Como compreender que não tenha sido montada uma infra-estrutura (médicos, ambulâncias, psicólogos) de apoio às vítimas? Está visto que, por aqueles lados, a vida humana tem pouca importância. Nem para quem ataca, nem para quem se defende. É a triste realidade, mas é assim.
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Até Já
• 13-01-2011 |