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RTP Independentemente das razões que assistem aos funcionários da RTP para manifestarem a sua discordância em relação à decisão do Governo sobre o futuro da estação pública de televisão, nomeadamente aos seus jornalistas, é inadmissível e vergonhoso o tratamento claramente privilegiado que a mesma RTP, através dos seus telejornais (só tenho visto os telejornais), tem dado ao caso, demonstrando não ter pudor em usar os meios de que dispõe para chantagear a tutela e, muito pior, ajuizar em causa própria. Isto para já não falar das manifestações "espontâneas" protagonizadas por funcionários da televisão pública e outras "forças vivas", que se multiplicaram por todo o País de modo a coincidirem com os telejornais, e do tão falado telenegócio, como se a RTP tivesse qualquer autoridade moral para se insurgir contra supostos telenegócios. E como se já não bastasse mais esta vergonha para o jornalismo português, andam agora a dizer que o Governo se prepara para acabar com o "serviço público". Eu pergunto: de que serviço público está esta gente a falar? Do serviço público que toda a gente dantes dizia que a RTP não cumpria? Ou será do serviço público que toda a gente diz ser fundamental mas depois ninguém sabe dizer o que é? Infelizmente ninguém está interessado em esclarecer estas dúvidas. Mas nem tudo foi lamentável nesta novela de mau gosto, já que a decisão do Governo teve o mérito de pegar o touro pelos cornos e de trazer à ribalta a discussão sobre o que deve ser o serviço público de televisão. É claro que discutir esta matéria é mais ou menos como discutir o sexo dos anjos e não vai ser pêra doce chegar a um consenso. Mas só depois de se saber que serviço público se pretende para a televisão do Estado faz sentido discutir o futuro da RTP, nomeadamente quantos canais serão necessários. E se ainda tem razão de existir um Conselho de Opinião, que se cobriu de ridículo da última vez que foi chamado a intervir e demonstrou nem saber quais são as suas competências.
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Até Já
• 13-01-2011 |