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O TERRORISMO A 11 de Setembro de 2001, a Al-Qaeda atacou a América — porque a América estava mesmo a pedi-las. Depois foi a vez da Tunísia, do Paquistão, das Filipinas, do Iémen, da Indonésia, do Quénia, da Arábia Saudita, de Marrocos, outra vez da Indonésia, outra vez da Arábia Saudita e da Turquia. Tirando o Iraque, onde os ataques da Al-Qaeda já se tornaram rotina, temos, agora, a Espanha — porque a Espanha apoiou a intervenção no Iraque ou porque há contas a ajustar com a Espanha. Perante isto, nomeadamente os atentados de Madrid, os líderes europeus descobriram que a Europa tem um problema com o terrorismo — e ameaçam tomar medidas. E que medidas ameaçam tomar? Tirando os países que têm vindo a apoiar a actual luta ao terrorismo, estou para ouvir o primeiro líder europeu anunciar uma medida concreta. Até agora, a única coisa que os cavalheiros fizeram foi dizer o que não se deve fazer: não se deve usar a força — porque a força nada resolve; não se pode esmagar o terrorismo — porque não se chega a lado nenhum; não se pode retaliar — porque retaliar é entrar no jogo deles. E assim por diante. Como se o terrorismo se combatesse pregando o que não se deve fazer. Quanto à defesa da Europa, tirando o óbvio não sabem o que fazer — muito menos como combater o terrorismo. Estarão a pensar na tese do dr. Soares, que se deve negociar com os terroristas? Não me surpreenderia. E tudo isto porque, até ao 11 de Março, os ilustres senhores estavam convencidos de que o terrorismo islâmico era coisa dos outros, nomeadamente dos americanos, e eles que se virassem. Como se vê, a irresponsabilidade não tem limites. Como, aliás, demonstra bem a principal medida contra o terrorismo tomada na última reunião de não sei que ministros da UE: pedir que lhes seja apresentada uma proposta para a criação de uma tal «instância operacional» que tem por objectivo recolher e fazer circular informações entre os países da UE. Vejam bem: uma mera proposta. Que lhes deverá ser apresentada... daqui a seis meses.
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Até Já
• 13-01-2011 |