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O BENFICA O Benfica foi a votos para escolher aquele que vai ser, nos próximos três anos, um dos homens mais influentes do país. Apesar do descalabro desportivo e financeiro que o clube atravessa, as últimas eleições demonstraram que a presidência do clube da Luz continua a ser um lugar apetecível e a levar alguns a fazer tudo — ou quase tudo — para a alcançar. Até as boas acções, como diria Eça. Luís Filipe Vieira, presidente do futebol profissional «encarnado» que fez fortuna no negócio dos pneus, prometeu apostar na formação, construir um centro de estágio, manter e reforçar o actual plantel e transformar o Benfica num dos maiores clubes do Mundo. Jaime Antunes, economista e empresário que se tem distinguido como um dos opositores sistemáticos às várias direcções do clube lisboeta e para quem Valentim Loureiro é «uma referência», prometeu uma gestão profissional e dinheiro para comprar jogadores, nomeadamente Caneira e dois brasileiros (Denilson e Carlos Alberto). Guerra Madaleno, advogado e empresário actualmente a contas com a justiça (é acusado de ser co-autor de nove crimes de burla qualificada e associação criminosa), prometeu investir 75 milhões de euros e reforçar a equipa de futebol com uma mão cheia de jogadores de renome internacional (Rui Costa e Rivaldo, entre outros), duplicar o número de associados e investir nas chamadas modalidades amadoras. Tirando a demagogia barata e a mais pura mentira, os candidatos prometeram toda a espécie de êxitos desportivos e financeiros. Em duas palavras, o paraíso. Com 90 e tal por cento dos votos — um resultado histórico —, Luís Filipe Vieira arrasou a concorrência. Curiosamente, o candidato que menos prometeu. Resta saber se ganhou o Benfica.
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Até Já
• 13-01-2011 |