ILÍDIO MARTINS página pessoal |
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BASTA! Alberto João Jardim diz que os jornalistas são uns filhos da puta e o Presidente da República acha que nada tem a dizer. Alberto João Jardim diz que não quer chineses e indianos na Madeira e o Presidente da República faz de conta que não é nada com ele. Ora, o que significam estes silêncios? Que se trata de assuntos sem importância? Que Alberto João Jardim chegou a um ponto que pode dizer o que quiser e fazer o que lhe apetecer sem que alguém se atreva a tocar-lhe? Sim, eu ainda me lembro de ver o Presidente da República correr para a Cova da Moura por causa de um «arrastão» que ainda estou para saber se existiu. A aplicar-se o mesmo princípio, seria de esperar outra atitude do Presidente da República face às últimas declarações do Presidente da Madeira, tanto mais que elas foram proferidas por quem devia ser o último a fazê-lo. Não quer o Presidente da República «entrar em polémicas com os governantes regionais»? Mas porque não? Porque não há-de o Presidente da República entrar em polémicas com quem for preciso sempre que se trate de cumprir o seu dever? Com certeza que é mais cómodo ficar quieto e esperar que a coisa passe — e sempre que se trata das tropelias de Alberto João Jardim a coisa passa com uma rapidez impressionante. Mas parece-me evidente que o dever do Presidente da República seria condenar, com clareza e frontalidade, as declarações do governante madeirense, e não reduzir o episódio a uma condenação atabalhoada do que foi dito. O Presidente da República devia ter em mente este pequeno detalhe: pior que as patacoadas e atropelos à lei de Alberto João Jardim só o silêncio ou as críticas envergonhadas dos políticos, nomeadamente dos políticos que detêm o poder. Até porque está mais que visto que a estratégia não resulta, e como princípio não se recomenda.
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Até Já
• 13-01-2011 |