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FOGO POSTO Se bem me lembro, há anos que as autoridades nos garantem que foram reforçados os meios de combate aos incêndios, que jamais se repetirão as catástrofes dos últimos anos, que está tudo a postos para o que der e vier. Uma vez chegado o Verão, dois ou três dias chegam e sobram para se provar precisamente o contrário: milhares e milhares de hectares de floresta são consumidos pelo fogo num abrir e fechar de olhos perante a aparente impotência de tudo e de todos. Pior: apesar dos meios que garantem existir — e salta à vista que foram reforçados nos últimos anos —, os incêndios continuam a aumentar. Paradoxal? Nem por isso. Não é verdade que há demasiados interesses à volta dos incêndios? Das companhias de aeronaves às empresas especializadas no ramo, passando pelos madeireiros e pelos próprios bombeiros, há um sem número de gente que tem tudo a ganhar com os incêndios. Assim sendo, qual é a solução? A resposta é: não sei. O que eu sei é que isto valia uma profunda investigação. Pelo menos assim se tiravam a limpo as suspeitas que por aí correm à boca pequena, e a Judiciária já disse que 30 por cento dos incêndios tem origem criminosa. Em última instância, proteger-se-ia o bom-nome de quem está inocente, nomeadamente o bom-nome dos bombeiros, cuja credibilidade já viu melhores dias. Dir-me-ão que não será apenas por esta via que o problema se resolve, porque os factores que levam aos incêndios são de variadíssima ordem. Pois seja. Mas é urgente começar por algum lado.
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Até Já
• 13-01-2011 |