ILÍDIO MARTINS página pessoal |
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O CÓDIGO Você já leu O Código da Vinci?, perguntaram-me um dia destes. Apeteceu-me responder que tinha mais que fazer, tomara eu tempo para ler outras coisas, mas achei mais prudente dizer que não li. Ou melhor, respondi que ainda não tinha lido, deixando a ideia de que ia ler. As razões da defensiva foram duas: porque não estava para me chatear (o meu interlocutor tinha lido e gostado do livro); porque me faltam argumentos para dizer que O Código faz parte de um género de livros que não me interessa. É claro que qualquer investigaçãozita chegaria para exibir meia dúzia de argumentos em defesa da minha ideia, mas eu acho que o assunto nem isso merece. Mas não é esta a questão que aqui me traz. O que realmente me interessa salientar sobre este episódio é o seguinte: o que haverá de tão interessante nas chamadas teorias da conspiração? Por que será que todas elas assentam em factos errados, deturpações, mentiras, omissões, suposições? Por que será que as teorias da conspiração partem da conclusão para os factos e não o contrário? Um mistério que talvez se explique com o facto de a maioria das pessoas estar mais predisposta a acreditar na mais tosca mentira que na mais flagrante verdade — além de preferirem uma mentira a ficar na dúvida. Seja lá como for, um negócio de milhões em que os leitores são, seguramente, os que menos ganham.
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Até Já
• 13-01-2011 |