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PORTUGAL DE FACHADA Esta história do diz-que-disse à volta do novo Estádio da Luz ainda agora começou e já ultrapassou o que seria previsível. Segundo percebi, a grande questão é saber se Soares prometeu, ou não, dois milhões e meio de contos ao Benfica, e se garantiu, ou não, que iria rever o Plano Director Municipal de modo a permitir o aumento da área pretendido pelos seus dirigentes. Quer isto dizer que, se o doutor Soares admitir que prometeu aquilo de que é acusado, o novo presidente alfacinha satisfará as pretensões do Benfica? Tudo indica que sim. Apesar de qualquer leigo saber que este tipo de compromissos só é válido se existir no papel, o doutor Lopes aparece a querer legislar com base no diz-que-disse ou em hipotéticos compromissos verbais, julgando assim livrar-se de tão delicado imbróglio. Mas, se não há compromissos verbais, bem pode o doutor Lopes garantir que a Câmara não dará um tostão ao Benfica e o ministro José Lello insistir que o Governo não irá “alterar uma vírgula” ao que foi acordado. Ele há-de aparecer um expediente qualquer que permita dar a massinha ao senhor Vilarinho e, ninguém duvide, ela há-de sair dos bolsos de todos nós. Razão têm os dirigentes do Benfica em avançar com a obra mesmo sabendo que o ovo ainda está no cu da galinha, pois eles sabem bem que, chegado o aperto, o Governo ou a Câmara não têm coragem de lhes fazer um manguito. Como, aliás, muito bem sabem os dirigentes dos demais clubes da bola a braços com o mesmo problema, que já esfregam as mãos de contentes com a perspectiva de embolsar mais uns milhões. Porque as derrapagens orçamentais são por demais evidentes e os estádios da bola vão ter que estar prontos a tempo de exibir aos incautos o Portugal de fachada.
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Até Já
• 13-01-2011 |