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MOURINHO Independentemente do que acontecer daqui para a frente, José Mourinho terá o seu nome ligado a uma época de ouro do FC Porto. Ele foi a conquista da Taça UEFA; ele foi o título da Superliga; ele foi a Taça de Portugal; ele só não foi a Taça Intercontinental porque não calhou. Mas nada disto o coloca a salvo de críticas, e não falo de críticas miúdas que resultam da dor de corno ou da clubite aguda. Não é novidade para ninguém que Mourinho é arrogante, fala como se tivesse o rei na barriga e não hesita em recorrer à canelada sempre que aí vir proveito — como o último Sporting-Porto veio, aliás, demonstrar. Tudo práticas que eu abomino e não me perturbariam por aí além caso Mourinho não falasse a toda a hora nas televisões, a propósito de tudo e de nada. Valha a verdade que não é só ele que fala demais. Tirando um ou outro, é toda a clique da bola que fala demais, e não só nas televisões. Não que eu seja contra a bola ou o desporto em geral — e até vivo disso. Mas pela simples razão de que passamos a vida a ouvir a mesmíssima coisa da boca dos mesmíssimos personagens durante anos a fio. Como não bastasse, raramente vão além do lugar-comum, do paleio de circunstância e do pontapé no enquadramento. Além das caneladas na gramática, em que alguns demonstram ser mais exímios que no pontapé na bola. Concordo que não haverá muito mais a dizer além do trivial. Mas, nesse caso, falem menos. Até porque, como diz o ditado, quem muito fala, pouco acerta.
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Até Já
• 13-01-2011 |