ILÍDIO MARTINS página pessoal |
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AUTO QUÊ? Faço parte do reduzido número de pessoas que nunca viu um "reality show". Tirando uma cena ou outra por alturas do café da manhã, tudo o que sei das chamadas telenovelas reais resume-se ao que li nos jornais ou ao que alguém me contou. Aliás, faço parte do reduzido número dos que, por regra, não vê televisão. Não que eu tenha alguma coisa contra a TV. O meu problema com a televisão é que me fartei. Fartei-me dos anúncios a toda a hora, dos filmes que passam a desoras ou que não me interessam, da generalidade dos programas de entretenimento. Até dos noticiários me desinteressei. Mas continuo atento ao fenómeno televisivo e a acompanhar as mudanças que se vão introduzindo com o objectivo de sobreviver ou de conquistar audiências. De maneira que foi sem surpresa e com algum gozo que tomei conhecimento da cena do "Bar da TV". Sem surpresa porque o "Big Brother" e os "Acorrentados" deixavam adivinhar o que vinha a seguir. Gozo porque ainda me lembro do senhor Rangel dizer que o "Big Brother" ultrapassava todos os limites e violava todas as regras da dignidade humana, razão pela qual a SIC jamais podia exibir uma coisa daquelas. Enfim, depois do episódio Subtil e do desastre da ponte, as televisões voltaram a dar que falar, de novo pelas piores razões. E, tal como então, lá vem de novo a teoria da auto-regulação, como se a auto-regulação fosse a poção milagrosa que pusesse termo à actual bandalheira ou evitasse o que está para vir. Bem sei que ninguém quer ouvir falar de censura ou doutras formas mais ou menos disfarçadas de censura que já se ouve falar por aí. Mas com auto-regulação não vamos lá. Até porque, caso fosse possível, não tenhamos dúvidas de que ela seria violada logo à primeira oportunidade.
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Até Já
• 13-01-2011 |