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ENGANOS Uma mulher nova-iorquina arrisca-se a apanhar 30 anos de cadeia por ter recebido, indevidamente, mais de 700 mil dólares. Embora pouco comum, a história é banal: devido a um erro bancário, a ONU fez um total de 13 depósitos na conta da referida senhora julgando tratar-se da conta do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Descoberto o erro, a conta foi congelada. A senhora, que terá usado o dinheiro para pagar umas dívidas e montar um negócio, disse que a maquia lhe tinha saído na lotaria. A notícia teria passado despercebida se, mais ou menos na mesma altura, não tivesse sido anunciado que o quarto maior grupo bancário dos Estados Unidos acabara de criar um serviço que permitirá aos utilizadores enviar dinheiro através de correio electrónico. Com este serviço, dizem os banqueiros, qualquer cidadão pode ter acesso imediato à sua conta à ordem ou cartão de crédito e enviar dinheiro através de um simples e-mail. O grupo bancário, que promete não descansar enquanto não expandir o serviço à escala global, diz ainda que a ideia é facilitar pagamentos entre consumidores. Eu confesso que não duvido da utilidade do serviço e nada tenho contra o negócio. Mas já estou a ver que, um dia destes, o mais pacato cidadão corre o risco de receber dinheiro que não lhe é destinado só porque alguém se enganou no endereço electrónico. É claro que, detectada a tempo, a coisa pode não dar cadeia, mas já estou a adivinhar que o infeliz vai passar um mau bocado.
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Até Já
• 13-01-2011 |