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PEIXEIRADAS Um golo que terá sido golo mas não foi assinalado, a que se juntaram dois penáltis que terão ficado por marcar, deixaram os dirigentes do Benfica à beira de um ataque de nervos, a ponto de pedirem que os árbitros sejam «responsabilizados civil e criminalmente pelos seus actos» e de recorrerem a ataques pessoais. Em causa está uma derrota que poderia não ter sido caso o tal golo fosse validado e os penáltis assinalados, e os dirigentes benfiquistas não acreditam que foi por acaso. Acresce que a «guerra» intestina entre Porto e Benfica já vinha de trás, com trocas diárias de acusações entre os dirigentes dos dois clubes até à hora do jogo. Jogo que, se bem se lembram, esteve a um passo de não se realizar, e ainda hoje me espanto como não acabou em tragédia. Escusado será dizer que o comportamento dos dirigentes do clube nortenho não teria sido diferente caso a situação fosse inversa, e francamente não vejo outros clubes comportarem-se doutro modo. Tirando excepções (que não conheço), os dirigentes da bola são mesmo assim: broncos, sempre prontos para mais uma peixeirada e atear o fogo quando deviam ser os primeiros a evitá-lo. Nada a opor se daí não pudessem resultar prejuízos para terceiros. Como aquilo podia ter acabado mal, passa a ser um assunto que diz respeito a todos nós, adeptos da bola ou não. Assim sendo, causa repulsa o silêncio que, uma semana depois, se abateu sobre o caso, ficando a ideia de que foi varrido para debaixo do tapete. E não basta que a Liga dos Clubes venha, agora, dizer que vai instaurar um processo a não sei quem, pois daí não resultará coisa que se veja. Pior: o caso nem sequer vai servir de lição. Para não variar, vão ser precisos mortos ou feridos para que se mude alguma coisa.
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Até Já
• 13-01-2011 |