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A FEIRA A propósito das mais recentes «notícias» da Madeira, que nos dão conta de que o manda-chuva local dos social-democratas (Jaime Ramos) terá tentado agredir o socialista Bernardo Martins — a quem chamou «filho da puta» — e a bloquista Violante Saramago — a quem mandou «à merda» —, o Público fez uma espécie de balanço dos insultos ocorridos nas três décadas de parlamentarismo madeirense. Assim ficamos a saber que houve insultos para todos os gostos — ou para quase todos os gostos, pois os espíritos mais requintados terão as suas razões de queixa. Alberto João Jardim foi, de longe, o que mais se destacou, não só devido à quantidade de insultos que proferiu mas, também, devido ao cargo que ocupa. Entre outras pérolas, o presidente madeirense chamou «burro» ao socialista Gil França, «tonto» e «mafioso» ao então primeiro-ministro António Guterres, e «delinquentes potenciais» a dois deputados comunistas. Jaime Ramos, braço-direito do presidente madeirense, chamou «burro» ao socialista Jacinto Serrão, «cabra» à socialista Rita Pestana, e ameaçou dar «um tiro nos cornos» ao comunista Edgar Silva. Ainda no partido do poder, que ainda há pouco acusou um deputado socialista de «demência», Coito Pita «convidou» o socialista Martins Júnior — que em tempos teve que ser assistido num hospital por causa de uma agressão, em plena assembleia, do social-democrata Egídio Pita — a «ir lá para fora» durante uma troca de insultos que por pouco não chegou a «vias de facto». Por último, Jacinto Serrão questionou Jaime Ramos sobre a proveniência dos seus rendimentos, acusando-o de ter passado de «vendedor de sifões de retretes» a «milionário ao fim de dez anos» à custa da governação social-democrata. Isto na assembleia regional, que fora dela Alberto João Jardim bateu todos os recordes. Eça de Queirós, n’As Farpas, fartou-se de dizer que os deputados do seu tempo se comportavam na Câmara como se estivessem numa feira. Mas isso era em pleno século XIX, apesar de os deputados dessa altura nos parecerem, por comparação aos actuais, mais civilizados que os do reino de Alberto João Jardim.
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Até Já
• 13-01-2011 |