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ABRIL Revi, há quase uma semana, uma cena ou outra do famoso "Capitães de Abril". Tirando um pormenor ou outro, lembro-me de ter gostado da fita. Em primeiro lugar, gostei da forma como Maria de Medeiros abordou tão melindroso assunto, inclusive a parte ficcional, embora não me pareça que o personagem Chamarro tenha acrescentado alguma coisa ao filme. Em segundo lugar, gostei do desempenho dos actores, especialmente de Joaquim de Almeida, embora uma cena ou outra me tenha cheirado a teatro amador. Em terceiro lugar, gostei de saber que Salgueiro Maia aparece como o herói do 25 de Abril, mesmo que seja o tal "herói romântico" de que tanto se falou. Porque foi ele quem arriscou tudo, inclusive a própria vida. Porque nada exigiu em troca. Porque não caiu na tentação do poder. Porque teve a lucidez de sair ao de leve pela porta das traseiras. Enfim, um herói que já não se usa e que a história registou quase por um mero acaso. Finalmente, gostei de ver a revolução parada no famoso sinal vermelho, verdade que nem a mais engenhosa imaginação se lembraria de inventar e que me parece um bom exemplo da utopia em estado puro. Da utopia que em pouco tempo ficaria reduzida a um mero substantivo que já não se usa.
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Até Já
• 13-01-2011 |