ILÍDIO MARTINS página pessoal |
|
DESABAFOS | TRABALHOS | BLOGUE | Identificação | Contacto | |
ACTORES Cada vez me sinto mais próximo da chamada gente comum e mais longe dos «eruditos». Quero dizer os «eruditos» que não perdem uma ocasião para nos tentar convencer que são eruditos, aquela espécie de gente que passa a vida a dizer lugares-comuns e não é capaz de defender uma ideia, muito menos uma ideia saída das suas próprias cabeças. É que gente comum é autêntica, diz banalidades sem se importar com o que deles pensam. Já os «eruditos» gostam de Agustina mas nunca leram, adoram Lopes Graça mas não sabem quem é. O sr. Amadeus é um prodígio, mas não há nada como o Fado da Desgraçadinha. Pessoa é admirável, especialmente se não tiverem que ler nada do que ele escreveu. Van Gogh é um génio, mas não distinguem Van Gogh de Chagall ou Monet, que não distinguem de Cézanne ou Dali. Gente comum não faz cenas destas. Gosta de bola e gaba-se disso, lê a Maria e não a esconde. É contra os pretos porque sim, e contra os chineses porque também. Gente comum é verdadeira até quando mente; os «eruditos» são mentira até quando falam verdade. Diz o ditado diz que mais vale ser do que parecer, mas a prática está sempre a demonstrar o contrário. Deve ser por isso, aliás, que cada vez há menos gente verdadeira e cada vez mais actores. Digo actores que representam tão mal que desconfio que nem os próprios convencem.
© Direitos Reservados. |
Até Já
• 13-01-2011 |