ILÍDIO MARTINS página pessoal |
|
DESABAFOS | TRABALHOS | BLOGUE | Identificação | Contacto | |
PEIXEIRADA O doutor Durão Barroso afirmou, alto e bom som, que Santana Lopes é "uma espécie de misto entre Zandinga e Gabriel Alves". Foi no congresso de Viseu, no último sábado, e ainda estou a ver a cara de gozo com que o disse. A afirmação provocou reacções dos visados: a viúva de Zandinga acusou o líder laranja de "abusar do nome de um falecido e ofender a sua família"; os colegas de Gabriel Alves consideraram a comparação "abusiva e de muito mau gosto", exigindo um pedido formal de desculpas. Parece-me evidente que a gracinha de Barroso foi, de facto, de muito mau gosto, imprópria de quem quer que seja, muito menos de um líder de um partido com a responsabilidade do PSD. Não só por atingir pessoas que nada têm a ver com o assunto, ainda por cima de forma grosseira, mas também porque o líder de um partido que pretende ser credível deve saber enfrentar um combate com elevação. Parece-me evidente também que a afirmação não surgiu por acaso, em declarações de improviso ou no calor da refrega, que teria um atenuante. Pelo contrário, surgiu durante um discurso importante, supõe-se que ponderado, no qual o líder terá apostado tudo para fazer passar as suas teses e esmagar os adversários. Assim sendo, parece-me óbvio que o doutor Barroso pensou muito bem no que disse, embora não tenha previsto os efeitos colaterais (Zandinga e Gabriel Alves). E foram precisamente esses efeitos colaterais, aliados ao forte impacte mediático, que seriam fatais para o líder, obrigando-o a vir a terreiro apresentar desculpas. Enfim, uma trapalhada que se ajusta muito bem à personagem, já que em todos os momentos decisivos se revelou um completo desastre.
© Direitos Reservados. |
Até Já
• 13-01-2011 |