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OS PALERMAS O secretário-geral do Partido Socialista achou por bem classificar de "palermas" os que duvidam da seriedade de um contrato que ele terá assinado quando era ministro. "Não tenho medo nenhum destes palermas que pensam que me intimidam com mentiras", disse ele em Barcelos, classificando de "calúnias e falsidades" as acusações que lhe fazem. Os "palermas" de que fala Ferro Rodrigues são dirigentes do PSD e do CDS, que se apressaram a protestar. O líder parlamentar do PSD considerou que foi um "grave insulto" ao Parlamento e seus deputados, alegando que atitudes destas só contribuem para o "descrédito da política portuguesa". O líder parlamentar do CDS considerou "baixo e inqualificável" o ataque de Ferro Rodrigues, avisando que, a ir-se por este caminho, "qualquer dia seremos um bando de rufias." O líder parlamentar do PS saíu em defesa do chefe para dizer que os deputados do Governo "enfiaram a carapuça", parafraseando Vasco Santana para lhes lembrar que "chapéus há muitos". O secretário geral do PS justificou o que disse com a necessidade de exprimir a sua indignação - a famosa indignação de que Soares disse ser um direito -, alegando que também tem coração. E daí?, perguntar-me-ão os meus estimados leitores. Daí que esta estória me fez lembrar a Câmara dos Deputados dos tempos de Eça, onde era frequente os ilustres parlamentares se comportarem "como se estivessem numa praça de touros". Nos melhores dias, recorda, os deputados diziam graçolas e troçavam uns dos outros; nos piores, grunhiam obscenidades e "espancavam-se com dignidade".
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Até Já
• 13-01-2011 |