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ACREDITAR EM QUÊ? Um basquetebolista espanhol afirmou recentemente que alguns atletas do seu país que subiram ao pódio nos últimos Paralímpicos de Sidney não são portadores de quaisquer deficiências físicas ou mentais. Dos 200 atletas espanhóis que estiveram em Sidney, "15 não têm nenhum tipo de incapacidade física ou intelectual", afirmou ele à imprensa. Embora as investigações se encontrem praticamente no início, a acusação do atleta já provocou a demissão do vice-presidente do Comité Paralímpico Espanhol e presidente da Federação de Desporto para Deficiências Mentais. A imprensa espanhola investigou o caso e descobriu haver fortes indícios de que outros países terão praticado a mesma aldrabice, nomeadamente a Rússia, o Brasil e... Portugal. Lançada a suspeita na Pátria, o chefe da missão portuguesa aos Paralímpicos de Sidney apressou-se a dizer ser muito "difícil" que os atletas portugueses que estiveram na capital australiana como deficientes mentais não o fossem realmente. Se bem entendi, o dirigente não disse que é impossível. Mas poderá ser que não haja embuste, que tudo não passe de fumo sem fogo. Mas eu duvido e não me admiraria se as suspeitas vierem a confirmar-se. Basta lembrar-me dos 11 casos de "doping" nos últimos Paralímpicos (mais um que nos Jogos Olímpicos de Verão) para suspeitar que tudo é possível. E de uma entrevista a uma jovem promessa do atletismo português (12 ou 13 anos), há uns bons anos atrás, em que ela me disse que não acreditava que existissem atletas na alta competição que não se dopassem. Exagero? Será. Mas quando o presidente da União Ciclista Internacional admite a existência de "doping" generalizado na modalidade e se constata que até os deficientes se dopam, vamos acreditar em quê?
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• 13-01-2011 |