ILÍDIO MARTINS página pessoal |
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MARCELO Ainda não são conhecidos os motivos que levaram o prof. Marcelo a abandonar os comentários políticos na TVI, e provavelmente nunca serão. Até ver, tudo o que se tem dito sobre o caso é pura especulação. Pura especulação e aproveitamento descarado, nomeadamente por parte da classe política, que se finge indignada quanto suspira de alívio por se ver livre de Marcelo. Contrariamente ao que julgo ser a maioria, não vejo porque razão o Governo não haveria de protestar caso entenda haver razão para protestar. Se o Governo se sente lesado com o que diz serem «mentiras» e «falsidades», o mínimo que se pode dizer é que lhe assiste o direito de protestar. Digo protestar porque, até ver, é de protestos que se trata. Houve pressões do Governo junto da TVI? Se houve, de que natureza e com que alcance? Ninguém sabe responder. E porque haveria a TVI de ceder a pressões do Governo? Também ninguém sabe responder. Mas admitamos que houve pressões. É grave? Com certeza que é grave, mas quem se lembra de um Governo que não tenha sido acusado de pressionar este ou aquele? Eu sei que não custa nada criticar o Governo e falar em delito de opinião, mesmo que disso se trate no caso em apreço. É o caminho mais fácil, além de politicamente correcto. Mas eu não estou seguro de que as «represálias» às diatribes do prof. Marcelo tenham partido do Governo, como toda a gente diz por aí, e também não sou adepto das teorias da conspiração. Até ver, os únicos factos que se conhecem são os protestos de um ministro — que notoriamente se excedeu e demonstraram falta de chá — e os silêncios de Marcelo e da TVI, que dão azo a especulações muito convenientes para uma das partes e a que cada um interprete o episódio da forma que mais lhe convém. Tudo o mais é foguetório, gritaria e suposições. Até porque é por demais evidente que se o Governo quisesse pressionar a TVI não o faria publicamente, muito menos de forma atabalhoada. Evidentemente que o Governo, culpado ou inocente, saiu mal desta estória, e pela forma como se comportou não merecia outra coisa. Já no que toca ao prof. Marcelo, ainda é cedo para o canonizar.
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Até Já
• 13-01-2011 |