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PRIMÁRIO Tudo leva a crer que o famoso «Roteiro para a Paz», patrocinado pelos Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Nações Unidas, foi um fracasso. E um fracasso porquê? Porque «os patrocinadores do dito roteiro, Washington à cabeça, não mostram vontade nem interesse em exercerem a necessária pressão política sobre (...) Israel», diz Vital Moreira na sua última crónica no «Público». Reparem bem: não foram a União Europeia, a Rússia ou as Nações Unidas — ou todos eles juntos — que falharam: foram os Estados Unidos, e só os Estados Unidos. Ora, se isto não é anti-americanismo primário, então eu não sei o que é anti-americanismo primário. Aliás, o sr. Vital não se limitou a destilar o habitual anti-americanismo. O ilustre senhor aproveitou o conflito israelo-palestiniano para dar largas ao seu ódio contra os judeus, também ele a roçar o irracional, atribuindo todas as culpas a Israel e nenhuma aos palestinianos. O que o sr. Vital não disse é que tem havido cedências por parte de Israel e nenhuma da Autoridade Palestiniana, e que o abominável Sharon foi o primeiro chefe de um governo israelita a defender a criação de um estado palestiniano. O que o sr. Vital não disse é que a Autoridade Palestiniana nunca previu a existência do Estado de Israel na região. O que o sr. Vital não disse foi que o moderado Mahmud Abbas não se demitiu por causa de Israel ou dos Estados Unidos, mas por causa do sr. Arafat, que não hesitará em liquidar o sucessor do primeiro-ministro caso desobedeça às suas ordens. E quem esconde verdades que não lhe interessam não merece respeito. Muito menos o respeito de quem, discordando, reconhece o direito de quem pensa o contrário, mesmo que se trate de disparates grosseiros e mal-intencionados. Além de que, sobre a questão judaica, cansei-me de quem defende a «solução final» mas não tem coragem de assumir.
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Até Já
• 13-01-2011 |