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SCOLARI, OUTRA VEZ Já disse e repeti mas insisto: o percurso de Luiz Felipe Scolari à frente da selecção portuguesa de futebol foi, até agora, um sucesso. Como é o sucesso que conta nestas coisas da bola (e não só da bola, evidentemente), as críticas que se ouvem carecem de fundamento. Escolher determinados jogadores e não outros é um processo que se presta a controvérsia e a toda a espécie de pressões, nomeadamente pressões de quem está habituado a ver contemplados os seus interesses (empresários, clubes, patrocinadores), a que raramente os seleccionadores conseguem resistir. Até nisto o seleccionador brasileiro é um vencedor: não cede a pressões — ou, pelo menos, dá a ideia que não. Aliás, confirmou-se na polémica com Agostinho Oliveira, quando Scolari arrumou a questão dizendo que é ele quem manda. Ainda mais: o seleccionador conseguiu juntar os portugueses à volta da selecção aquando do último Europeu, criando uma onda de entusiasmo como nunca se viu — e que terá contribuído para os resultados alcançados. É claro que a factura lhe sairá caríssima caso as coisas no Mundial não corram bem, como lhe teriam saído caríssimas se tivesse falhado no Europeu. Aliás, ainda há pouco um ilustre afirmou que a derrota na final do último Europeu foi «um desastre», e que se fosse ele a mandar tinha despedido o seleccionador no dia seguinte. Mas nada disto invalida que se façam críticas, só que é bom não perder de vista o essencial. E o essencial, repito, são os resultados, e os resultados dão a Scolari legitimidade para tomar as decisões que tomou. O resto pode ser interessante e ter a sua importância, mas é secundário.
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Até Já
• 13-01-2011 |