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COINCIDÊNCIAS Maria Elisa queixou-se recentemente, no "Diário de Notícias", que "para os ricos não há controle" de álcool na estrada. Socorrendo-se de uma experiência pessoal, a jornalista disse que lhe ficou a ideia de que os proprietários de Mercedes e BMs estão a salvo do famoso balão, já que as autoridades estão demasiado ocupadas com os Polos e os Corsas. Não sei se assim é. Mas que parece, lá isso parece. Obrigado a fazer longas viagens em pleno auge da famosa "tolerância zero", percorri centenas de quilómetros em auto-estradas e vias rápidas sem nunca ter detectado a mais leve presença da Brigada de Trânsito. Achei estranho e contei a um amigo. Um amigo que todos os dias percorre centenas de quilómetros em excesso de velocidade para ganhar a vidinha. "Eh pá, se queres encontrar a Brigada de Trânsito basta meteres-te numa estrada secundária", disse ele. E depois acrescentou: "mas vais ver que não vês lá parados carros de grande cilindrada". Convém dizer que o meu amigo nunca escondeu o seu ódio por fardas e sempre achou que as polícias só chateiam os pobres coitados ou quem anda a trabalhar. De maneira que, pensei eu, talvez fosse um exagero. A verdade é que, uns dias depois, das duas ou três vezes que tinha avistado a Brigada de Trânsito nas tais estradas secundárias só a tinha visto ocupada com Corsas e carripanas. É claro que me lembrei logo do meu amigo. Só que, bem vistas as coisas, pode ter sido apenas uma coincidência. Uma coincidência que eu quero crer que tenha sido isso mesmo e não o que o meu amigo me quis fazer crer.
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Até Já
• 13-01-2011 |