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MULHERES Um estudo de uma universidade norte-americana (mais um) concluiu que o aumento de partos prematuros, hipertensão e outros problemas susceptíveis de afectar negativamente a gravidez se deve, muitas vezes, às más condições em que trabalham as mulheres grávidas. Trabalhos que necessitem de mais esforço, como colocar volumes em prateleiras, "estão significativamente associados a partos prematuros, hipertensão e nascimento de bebés com peso inferior ao normal", diz o estudo. A investigação analisou os efeitos das condições laborais durante a gravidez em 160 mil mulheres trabalhadoras, entre 1966 e 1999, e eu pasmo com tanta erudição. Confesso que estava profundamente convencido de que o trabalho pesado, do tipo levantar pesos ou cavar a horta, só fazia bem às mulheres grávidas. Mas há mais novidades de mulheres e promessas de novas erudições. No mesmo dia em que foi apresentado o estudo de que falei, duas professoras universitárias portuguesas, uma delas "obviamente feminista", anunciaram que vão compilar um dicionário de "termos e conceitos feministas". Segundo elas, a ideia é colmatar "uma falha muito grande" em língua portuguesa. "Existem dicionários de tudo, das coisas mais estapafúrdias que se possam imaginar", dizem as senhoras. Como se vê, a lógica é implacável. Se existem por aí as coisas mais estapafúrdias que se possam imaginar, porque não mais uma? Chamar-se-á "Dicionário Terminológico de Conceitos, Teoria e Crítica Feminista" e deverá estar à venda no final do ano. Ana Luísa Amaral, uma das autoras, aproveitou a ocasião para dizer que "é uma vergonha não se ser feminista". Como se vê, em matéria de estudos sobre mulheres ainda está tudo por fazer. Deve ser por isso que eu, sobre mulheres, cada vez entendo menos.
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Até Já
• 13-01-2011 |