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O ESCALDÃO Estava eu a reler a descrição do almoço do Jacinto e do Zé Fernandes em Tormes, após uma atribulada viagem de Paris ("A Cidade e as Serras"), quando o empregado que me serviu o almoço tropeçou em não sei quê e despejou um café no balcão à minha frente que, por um triz, não me atingiu as canelas. Afastadas as ditas mesmo a tempo de me livrar de um escaldão, reparei na cara do infeliz que, lembrei-me logo, uns dias antes eu tinha avistado numa cena muito parecida. Reconstituí mentalmente o episódio: um tropeção em não sei quê e uma sopa a escaldar que, por pouco, me não caiu em cima. Espantoso! Observei o empregado pelo canto do olho mas não me pareceu haver razões para suspeitar que tudo não passou de uma coincidência, uma daquelas coincidências sem importância quando acontece aos outros. Tanto mais que, metida a mão na consciência, não vi razão porque haveria alguém de querer fazer-me mal. Pelo menos foi esta a conclusão a que cheguei quando, na noite a seguir ao incidente, acordei a meio de um sonho em que eu tinha apanhado um escaldão.
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Até Já
• 13-01-2011 |