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FITAS O cineasta que ficou famoso por ter consumido «uma pequena quantidade de haxixe» num país onde se pode ser condenado a uns anos de cadeia por consumir uma pequena quantidade de haxixe resolveu «aconselhar» o Governo português a «disponibilizar mais informações sobre os países» e suas leis. Após ter sido libertado graças aos esforços da diplomacia portuguesa, o cavalheiro ainda teve o desplante de afirmar: «espero que o meu caso sirva de lição». E lição a quem? Evidentemente que ao Governo português, que o devia ter posto ao corrente de que não se pode consumir haxixe no Dubai. Aguarda-se, agora, que o artista anuncie um pedido de indemnização ao Governo português. Sim, porque o que se passou há-de ter causado danos irremediáveis à imagem do cineasta, além de que é inadmissível o Governo português não ter informado o ilustre cidadão de que é proibido consumir haxixe no Dubai. Ridículo? De maneira nenhuma. Não fosse o caso de o Executivo em funções beneficiar de uma estranha benevolência, ninguém duvide que se teria exigido a demissão de um ministro e meio secretário de Estado, até porque o diplomata que tratou do caso não tem dúvidas de que o incidente provocou um «fortalecimento de laços» entre Portugal e o Dubai — e o Ministério dos Negócios Estrangeiros já fez saber que vai «retribuir o tratamento excepcional» que as autoridades do Dubai deram ao caso. De maneira que o mínimo que se pode esperar do Governo é que não hesite em conceder um subsidiozito ao nosso cineasta quando este decidir fazer a sua obra-prima. Além de caber ao Governo a obrigação de apoiar obras que se afigurem capazes de levar o nome de Portugal além da Trapobana, nunca é demais agradecer a quem tanto fez pela Pátria.
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Até Já
• 13-01-2011 |