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O PROFESSOR J. M. Nobre-Correia resolveu descer do pedestal para nos vir dar uma lição de jornalismo. Numa prosa manhosa e por vezes incompreensível, o professor começou por dizer que “a história mostra suficientemente que os «media» norte-americanos há muito mais não são do que porta-vozes de círculos que só reconhecem como limites dos seus procedimentos os seus próprios interesses económicos e estratégicos”. E depois que os «media» norte-americanos “adoptam uma postura de soldadinhos, o dedinho na costura das calças, em relação à megalomania guerreira do seu Presidente”. Estas e outras pérolas a propósito das regras que o governo americano impôs aos jornalistas interessados em cobrir a guerra ao lado das suas tropas, que a mim me merecem reservas e ele discorda mas não explica porquê. Além de muito convenientemente omitir que só entra no “jogo” quem quer e de não ter escrito uma linha a condenar as reportagens que todos os dias nos chegam de Bagdad — cozinhadas com base em “material noticioso” muito convenientemente colocado à disposição dos jornalistas pelas autoridades iraquianas, como muito bem avisou Pacheco Pereira no “Flashback” —, assim demonstrando Nobre-Correia que não é a verdade que o preocupa mas apenas parte dela. Disse mais o professor no “Público”: que os EUA são “uma plutocracia em perda de identidade democrática”. E com base em quê que ele disse isto? Evidentemente com base nos argumentos do costume: preconceitos e ignorância. Coitados dos alunos do senhor professor.
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Até Já
• 13-01-2011 |