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DIREITOS HUMANOS Segundo um estudo da Universidade de Columbia, publicado com grande destaque pelo "The New York Times", "Washington Post" e em Portugal pelo menos pelo "Diário de Notícias", mais de dois terços dos processos dos condenados à pena de morte nos Estados Unidos contém erros graves. O estudo da universidade americana revela ainda outro dado espantoso: dos condenados à pena capital que viram os seus processos reabertos, 82 por cento escaparam à morte. Estes dados foram revelados pouco tempo após a Amnistia Internacional ter passado um raspanete público aos Estados Unidos por usarem a tortura e outros métodos de punição degradantes. Entre outros, a Amnistia pediu aos EUA que eliminem o uso de choques eléctricos como castigo para os presos, que não mantenham crianças em cadeias para adultos e que acabem com o uso de correntes amarradas aos tornozelos dos detidos. Mais ou menos na mesma altura, o Comité das Nações Unidas Contra a Tortura pediu aos americanos que suprimam os cintos aos detidos e as cadeiras especiais que lhes restrinjam os movimentos. O Comité manifestou ainda preocupação com os maus tratos infligidos por polícias e guardas prisionais, nomeadamente a agressão sexual contra mulheres detidas. A Amnistia Internacional e o Comité Contra a Tortura só não disseram que nas prisões dos EUA estão encerrados 25 por cento de todos os presos do planeta e que o número recorde motivou recentemente vigílias de protesto em 30 cidades norte-americanas. Também não disseram que os Estados Unidos atingiram a soma recorde de dois milhões de detidos e que o número quadruplicou nas duas últimas décadas. Que 50 por cento dos detidos são negros, condenados por tráfico ou consumo de droga, apesar de as estatísticas provarem que 70 por cento do consumo de drogas dos Estados Unidos é feito por brancos e os pretos representarem apenas 13 por cento da população. Tudo isto num País campeão dos direitos humanos, como se sabe, pelo que eu suspeito que estas revelações só podem ser uma brincadeira e não devem, por isso, ser levadas a sério. Não acham?
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• 13-01-2011 |