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OBAMA O crescente apoio dos americanos à nomeação de Barack Obama como candidato do Partido Democrático significa, antes de mais, uma coisa simples: os americanos estão fartos de políticos do passado, quer do Partido Democrático, quer do Partido Republicano. Se mais consequências não resultarem da sua pré-candidatura — isto é, se não for o escolhido pelos Democráticos para disputar as Presidenciais —, a candidatura do senador do Illinois já teve o mérito de lembrar essa evidência. É verdade que Hillary Clinton tem mais experiência política que o jovem senador, e a experiência política é um bem que convém não desprezar. Mas a experiência não é, por si só, um trunfo. Aliás, pode ser um obstáculo, como de algum modo demonstra o entusiasmo à volta da candidatura de Obama — além de que, seguindo este princípio, jamais se votaria na Oposição, pois é sabido que quem está no poder tem, por regra, mais experiência. O facto de o candidato afro-americano nunca ter usado a sua origem como matéria de campanha terá, também, contribuído para o entusiasmo à sua volta. Não digo que Obama será o meu candidato, até porque não se sabe se será, de facto, candidato. Não digo, sequer, que será o candidato mais bem colocado para bater John McCain a 4 de Novembro. Digo, sim, que Obama trouxe muita gente de volta à política, demonstrou ser capaz de entusiasmar uma juventude cada vez mais desinteressada da política, e tornou-se uma esperança que os apoios dos diversos quadrantes bem demonstram. E isso, convenhamos, não é pouco.
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Até Já
• 13-01-2011 |