ILÍDIO MARTINS página pessoal |
|
DESABAFOS | TRABALHOS | BLOGUE | Identificação | Contacto | |
CRIME E CASTIGO As sanções económicas e militares impostas pela ONU à Coreia do Norte poderão resultar na morte de milhares de pessoas, advertem organizações humanitárias. Como o regime de Kim Yong-il já era alvo de sanções antes do ensaio nuclear, e como já era o povo quem pagava as consequências daí resultantes, é mais que certo que quem já vive na miséria ainda vai ficar mais miserável, enquanto o regime de Pyongyang — que as medidas da ONU pretendem atingir — não sofrerá o mais leve beliscão. O povo norte-coreano prepara-se, assim, e uma vez mais, para sofrer as consequências dos actos de um regime que não escolheu nem pode mudar, por mais que não tenha sido essa a intenção da ONU. Perguntar-me-ão qual é, então, a melhor solução. Responderei de forma simples e directa: não sei. O que sei é que as sanções se revelam perversas, e de eficácia mais que duvidosa. Aliás, o ditador Kim Yong-il não tem dúvida de que a resolução da ONU foi «uma declaração de guerra», e já se anuncia um segundo ensaio nuclear na Coreia do Norte. Pode ser que esteja a fazer bluff, pode ser. Mas, por aquilo que se vê, há razões para desconfiar. É que Kim Yong-il deve ter aprendido alguma coisa com Mahmoud Ahmadinejad, que vai levando a água ao seu moinho apesar de condenado por toda a gente. Aliás, o presidente do Irão não deixará de encarar o episódio norte-coreno como um estímulo para outros voos, além de aproveitar a ocasião para subir a parada. Ele e os fregueses que se seguem, pois a Agência Internacional de Energia Atómica acaba de anunciar que 30 países estão em condições de desenvolver armas nucleares. É o que dão os castigos que, na prática, não o são. Excepto, como disse, para os miseráveis do costume.
© Direitos Reservados. |
Até Já
• 13-01-2011 |