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MADELEINE Contrariamente ao que ouço dizer, não estou seguro de que os media não estão a fazer o que devem no «caso Madeleine». Tirando os excessos, sobretudo os excessos das televisões, parece-me que os media deram (e continuam a dar) o espaço e a importância que o caso realmente merece. Como ainda há pouco dizia um director de jornal e um respeitado cronista (não digo quem porque não me recordo exactamente do que disseram), o assunto tornou-se incontornável. Mais: não se perceberia que o desaparecimento da criança não merecesse o destaque que lhe está a ser dado, incluindo pelos media de referência. Goste-se ou não da ideia, o assunto é notícia, e quando o assunto é notícia não adianta fingir que não é. É claro que um caso destes vende jornais e conquista audiências, mas vender jornais e conquistar audiências não é, por si só, um pecado. Pelo contrário: significa, também, que os leitores (ou telespectadores) se interessam pelo assunto, e não necessariamente apenas pelas piores razões. Está por demonstrar, também, que o excesso de exposição nos media de casos como o da criança inglesa prejudicam o desenrolar das investigações e/ou o seu desfecho. Se é verdade que pode acontecer num caso ou noutro, a exposição nos media, mesmo que excessiva, produz, por regra, o efeito contrário. Pela simples razão de que a investigação tende a correr melhor quando está sob vigilância dos media. Como, aliás, o caso presente demonstra.
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Até Já
• 13-01-2011 |