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ISLÃO MODERADO Estou longe de conhecer o Islão, mas não me custa acreditar que o Islão seja uma religião de paz. Acredito, também, que os muçulmanos estão a ser olhados com desconfiança, embora já me pareça um exagero falar-se de islamofobia. Mas tenho uma dúvida que ainda não vi esclarecida: o que tem feito o «Islão moderado» para se demarcar do Islão radical? Se os «moderados» são realmente a maioria — e eu estou convencido de que são a maioria —, por que não se ouvem? O Corão condena actos de violência em nome de Maomé? Os radicais não representam o verdadeiro Islão? O Islão é uma religião de paz? Provavelmente. Mas também os radicais citam o Corão e invocam Maomé quando cometem atrocidades, incluindo atrocidades contra quem «comete o crime» de não pensar como eles e, suprema ironia, contra os próprios muçulmanos. Compreende-se que o Corão se preste às mais variadas leituras, que sirva para defender uma coisa e o seu contrário, e que todos lá possam encontrar o que mais lhe convém. Mas isso não é o essencial. O essencial é combater quem nos quer matar, e nada melhor para combater quem nos quer matar que os «moderados», até porque serão eles os primeiros beneficiados caso o combate for bem sucedido. Enquanto isso não acontecer, enquanto os «moderados» permanecerem de braços cruzados e fingirem que o assunto não lhes diz respeito, enquanto não se demarcarem claramente do Islão radical — como vamos distinguir uns dos outros? Convenhamos que não é fácil. Não é fácil para nós, nem será fácil para eles. De maneira que seria bom começarem por demonstrar, com actos, que são o que dizem, e não o que parecem. Enquanto isso não suceder, assiste-nos o direito de os grafar entre aspas, de duvidar que existam. E quer-me parecer que o equívoco — a haver — não interessa a ninguém. Ou não é assim?
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Até Já
• 13-01-2011 |