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MÚSICA QUÊ? A Casa da Imprensa decidiu atribuir o Prémio Bordalo a um conjunto de personalidades que, em seu entender, mais se distinguiram nas áreas do jornalismo, da televisão, da música, etc., etc. Tirando Vítor Cunha Rego (prémio de Consagração de Carreira), que será um caso de unanimidade (tem a enorme vantagem de estar morto e enterrado), os restantes nomes escolhidos são, naturalmente, discutíveis, se é que ainda há alguém que perde tempo a discutir estas coisas de prémios. Eu não discuto a justeza dos nomes e muito menos o método adoptado. Mas permitam-me que faça um reparo: não será ligeireza de mais considerar que o repertório de Maria João e Mário Laginha é música ligeira? Mesmo sabendo-se que os rótulos que se põem na música são enganadores e alguns até disparatados, parece-me roçar o anedótico dizer que o duo português se integra no que vulgarmente se designa por música ligeira. É claro que os senhores jurados mostraram que não fazem a mínima ideia do que estão a falar e, provavelmente, nunca ouviram a música que acabaram por premiar. É claro também que, para o digníssimo júri, música "erudita" ou música "séria" é apenas a chamada música "clássica", mesmo que ela seja do mais "ligeiro" ou "primário" que se possa imaginar. É óbvio que a ligeireza dos senhores jurados não constitui propriamente uma tragédia, mas convenhamos que não dignifica nem os músicos nem os jornalistas.
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Até Já
• 13-01-2011 |