ILÍDIO MARTINS página pessoal |
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MENTIRAS Impressionante a quantidade de jornalistas que, sobre o Iraque, não conseguiu transmitir uma visão imparcial do que lá se passou. Foi vergonhoso assistir a toda a espécie de omissões, interpretações abusivas dos factos e à mais pura mentira. Foi chocante constatar até que ponto se confundem deliberadamente factos com meros desejos. Robert Fisk, por exemplo, insistia em não ver tropas americanas em Bagdade numa altura em que toda a gente sabia que elas lá se encontravam. Só podia ser propaganda, dizia ele na cegueira dos que se recusam a ver. Com certeza que a propaganda se presta a estes comportamentos, mas não me venham dizer que a propaganda impede de ser rigoroso quem quer ser rigoroso. Se é verdade que a propaganda é útil a quem pretende revelar apenas a “verdade” que lhe interessa, também não é menos verdade que ela não impede de ver quem quer mesmo ver. Dir-me-ão que a objectividade total é uma utopia e que um jornalista também tem sentimentos. Pois seja. Só que factos são factos; opiniões são opiniões. Há que distinguir claramente uma coisa e outra, custe lá isso o que custar. E não me venham com essa dos jornalistas “incorporados”, por quem eu nunca nutri simpatia, porque desses conheciam-se as regras. A deliberada mistura de factos com mentiras e de omissões com opiniões é muito mais grave. Além de descredibilizar o jornalismo e os jornalistas, é uma manifesta vergonha.
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Até Já
• 13-01-2011 |