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AREIA NA ENGRENAGEM O comissão de inquérito à tragédia de Entre-os-Rios aponta a falta de fiscalização e a extracção de areias como as principais causas da queda da ponte. Segundo a "Lusa", o presidente da Junta de Freguesia de Raiva foi o único autarca da zona do desastre a afirmar, perante a comissão, que havia "uma extracção desenfreada de areias" no Rio Douro. "As causas do colapso do pilar da ponte estão na extracção desenfreada de areias (...) ao longo dos anos", disse ele à comissão. Outros dois presidentes de Junta e mais dois presidentes de Câmara da área da tragédia afirmaram nada saber sobre o assunto. Entretanto, ainda segundo a "Lusa", "fonte ligada ao processo de extracção de areias do leito do Douro" classificou a actividade como "uma verdadeira mina", que não só "enchia de dinheiro os cofres do Instituto de Navegabilidade do Douro, mas também muita gente". Algumas das autarquias da área das extracções recebem anualmente "entre mil e três mil metros cúbicos para as suas actividades", nos termos das hastas públicas das concessões", disse a mesma fonte. Curiosamente, as "doações" não são referidas no relatório da comissão de inquérito, tal como não são referidos os chorudos lucros obtidos pelo Instituto de Navegabilidade do Douro, na ordem dos vários milhões de contos. E, como seria de esperar, também desconhecidas do presidente da Associação Nacional de Municípios. Aliás, suspeita-se até que a grande maioria dos autarcas da área nem sequer lhes passe pela cabeça que existe extracção de areia no Rio Douro. A razão é simples e ao alcance de qualquer leigo: é uma actividade difícil de detectar a olho nu.
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Até Já
• 13-01-2011 |