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MENOS QUE ZERO Cabeça cheia com o que vem nos jornais e já sem me lembrar bem do percurso, é sempre com precaução renovada que circulo no chamado IP4. Percorrido o dito e uma vez chegado ao destino, a conclusão a que chego é a mesma de sempre: é verdade que a estrada tem uma curva ou outra que ultrapassa a imaginação, mas não é menos verdade que está devidamente assinalada. O resto é conversa fiada e desculpas de mau pagador. Bem sei que, em pouco mais de oito anos, já lá morreram centenas de pessoas, mas ainda assim não me convenço de que o IP4 é uma estrada especialmente perigosa. Perigosos são os aceleras e os chicos-espertos que por lá circulam na mais completa impunidade, para já não falar dos alcoolizados, que os números dizem ser mais do que muitos. Um exemplo? Desloquei-me a Portugal numa altura em que estava ao rubro a famosa "tolerância zero". Como necessitava de fazer algumas viagens de médio e longo curso, tratei de me informar qual seria a velocidade a que poderia circular nas auto-estradas sem que a polícia me incomodasse. Disseram-me que até aos 140 seria razoável e... assim fiz. Mas não tardei a verificar que eu era o único que circulava àquela velocidade. A demais tropa fandanga passava por mim numa correria louca e até cheguei a sentir que eu andava ali a estorvar. E não exagero se disser que não vi a mais leve presença da Brigada de Trânsito em centenas de quilómetros de auto-estradas e vias rápidas, IP4 incluído. Ora bem, se tudo isto se passa em plena "tolerância zero", o que não se passará quando a tolerância for mais do que zero?
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Até Já
• 13-01-2011 |