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A VÍTIMA O doutor Durão Barroso regressou à ribalta política com um trambolhão memorável. Foi na Assembleia da República, no debate sobre a moção de censura ao governo apresentada pelo PP. Tudo porque o primeiro-ministro resolveu dizer o que já toda a gente tinha dito, militantes do PSD incluídos: que o partido laranja anda a reboque do PP. Supõe-se que genuinamente exaltado, o doutor Barroso exigiu ao primeiro-ministro que retirasse o que tinha dito, ou coisa que o valha. O primeiro-ministro fez que não ouviu e o doutor Barroso resolveu amuar e não mais abrir a boca em sinal de protesto. Mais tarde, depois de ameaçar cortar relações com o PS e com os deputados do seu partido divididos entre a perplexidade e o embaraço, o líder laranja diria que foi "forçado a defender a honra" da sua bancada. No dia seguinte, o "Diário de Notícias" citou opositores de Barroso que disseram ter sido a intervenção "mais desastrosa de sempre" do líder do PSD e que o amuo poderá ter sido um "pretexto para ficar fora do debate". Para o "Público", Barroso "marcou um penalti na própria baliza" perante milhões de portugueses a assistir ao lance pela televisão. Marques Mendes disse ao "Diário Digital" que o líder do PSD "colou-se ao lugar e colocou os seus interesses pessoais à frente dos interesses do partido". Alberto João Jardim ameaçou atacar, mas só em Outubro, depois das eleições regionais. Estranhamente, ou talvez não, Santana Lopes veio dizer que Barroso "deve ter mais tempo para afirmar a sua liderança" e que se sentiu bem defendido por ele (Barroso) durante o debate da moção de censura. Entretanto, o homem de quem se fala fez de conta que nada se passou e apressou-se a dizer que não se demitirá. O PS e o PP esfregam as mãos de contentes. O primeiro porque pode continuar a dormir descansado; o segundo porque pode continuar a engordar à custa do PSD.
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Até Já
• 13-01-2011 |